sábado, 13 de abril de 2013

NÃO POSSO E NÃO QUERO ENVELHECER - GERALDO EUSTAQUIO RIBEIRO

GERALDO EUSTAQUIO RIBEIRO (geraldo@tremnet.com.br)

cidade: Betim
estado: MG
idade: De 61 a 70 anos
sexo: masculino
categoria: OUTRAS
titulo: NÃO POSSO E NÃO QUERO ENVELHECER
texto: 
Eu não sei por que o país precisa ter tantas leis inúteis. 
Deve ser porque os legisladores eleitos pelo povo são na sua grande maioria, inúteis também. 
"Considerando a necessidade de prevenção e redução dos riscos à saúde aos quais ficam expostos os idosos residentes em instituições de longa permanência 
O Diário Oficial da União oficializou no dia 27/09/05": RESOLUÇÃO RDC Nº 283, DE F26 D3 SETEMBRO DE 2005. A diretoria colegiada da Vigilância Sanitária no uso da atribuição que lhe confere o ART. 11, inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo decreto 3029 de 16 de abril de 1999, c/c do Art. 111, inciso I, alínea "b" & 1º do Regimento Interno aprovado pela Portaria Nº 593 de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de Dezembro de 2000, em reunião realizada em 20 de Setembro de 2005 e: Considerando a necessidade de garantir à POPULAÇÃO IDOSA os direitos assegurados na legislação em vigor... 
Gostaria que todos pudessem refletir. 
Que direitos tem os nossos velhos? 
Andar de graça em ônibus lotados e muitas vezes com alguém fingindo dormir nos assentos reservados para eles que precisam mendigar o lugar? 
O direito de ser atendido primeiro em qualquer lugar que tiver um a fila e ficar escutando desaforos de alguns que acha isto um absurdo? 
O que mais foi conquistado? 
Se alguém souber, por favor entre em contato. 
"Considerando a necessidade de prevenção e redução dos riscos à saúde aos quais ficam expostos os idosos residentes em instituições de longa permanência". 
Em resumo esta era a "preocupação dos legisladores". 
Era. 
O objetivo foi: Estabelecer padrão mínimo de funcionamento das instituições de Longa Permanência para Idosos. 
Aqui a lei estabelece a igualdade entre as instituições particulares (que são empresas constituídas para gerar lucro) e as que foram criadas para Gerar Voto e ser cabide de emprego com as de cunho caritativo que vivem mendigando recursos para cuidar dos abandonados pela família ou expulsos de casa pela miséria. 
Quero salientar que é do meu conhecimento que a palavra Asilo foi abolida dos dicionários e agora estas casas deverão ser chamada de Lar. 
Tenham a santa paciência! 
Vou continuar chamando de Asilo. 
Um lar só se constrói com a presença de três pessoas: Pai, Mãe e Filho. 
Que me perdoem os que não puderam ter filhos. 
Existem muitas crianças que não puderam ter Pai e Mãe. 
Que me perdoem os que não querem filhos. 
Existem tantos asilados que também não quiseram ou não souberam ter filhos. 
Vejam o que esta lei está impondo aos Asilos: 
Além de uma série de medidas na área física e estrutural. 
O quadro de funcionários deve ter: Um Responsável Técnico com formação de Nível Superior. 
Um profissional para área de Lazer com formação de Nível Superior. 
No papel tudo é muito bom. 
Na pratica... 
Nada vai mudar. 
As com fins lucrativos vão continuar faturando porque este é um mercado em expansão, porque com o avanço da tecnologia, afeição e carinho são sentimentos antigos e os filhos não estão preparados para cuidar dos seus pais. 
Todos se preparam para ter e cuidar de um filho. 
A grande maioria das pessoas que perderam seus pais, juram que cuidariam deles se tivessem tido oportunidade e os que ainda convivem com os seus, quando a velhice chega, a primeira opção é um asilo. 
Graças a Deus existem muitas exceções. 
Ninguém se prepara para cuidar da mãe ou do pai quando ficam velhos. 
São pegos de surpresa e se aborrecem. 
As instituições de Caridade também vão continuar do mesmo jeito.
A lei prevê que a casa pode ser fechada. 
E pode. 
E quem vai cuidar sem ter lucro? 
Os internos destas casas não dão retorno porque não podem pagar uma clinica particular, não possuem força de voto porque foram abandonados. 
Quem vai assumir? 
O poder público? 
As experiências de amparo Ao ser humano pelo governo são todas desastrosas: Instituições com mais funcionários que internos. 
Funcionários que mal cumprem o horário porque são meros cabos eleitorais.
Acolhimento preferencialmente por indicação política. 
E tantas outras irregularidades. 
O poder público é perverso quando se trata do cuidado com os pobres. 
Eu fui presidente voluntário de um asilo com cinqüenta e cinco internos, destes, treze acamados e a grande maioria com algum problema mental. 
Eu sempre me pergunto: Isto é um Lar? 
Um lar deveria ser o local de envelhecer com tranqüilidade. 
O bom senso diz para não receber pessoas com algum problema mental ou acamado. 
O poder público não criou um meio termo entre o Hospital e a residência do pobre. 
Há pouco tempo demos assistência a um jovem de 24 anos que foi liberado de um hospital com Escaras horríveis e sobreviveu apenas dois anos. 
O poder público fechou as casas de internação para doentes mentais, em sã consciência, quem tem condições de cuidar de uma pessoa assim dentro de um barraco? 
Se o asilo de caridade não os acolhe onde serão jogados?
No Lixo?

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