terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Por que somos obrigados a fazer tudo com pressa?" - José Augusto Dantas

José Augusto Dantas (dantasja@yahoo.com.br)

cidade: Rio de Janeiro
estado: RJ
idade: De 51 a 60 anos
sexo: masculino
categoria: MENSAGENS
titulo: "Por que somos obrigados a fazer tudo com pressa?"
texto: Prezados,

Como o meu artigo é longo, porém de grande valia para um boa reflexão sobre os dias atuais, coloco a seguir os sites onde foi gentilmente publicado:

www.felicitas.com.br (no site clique em "Artigos Indicados");

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/por-que-somos-obrigados-a-fazer-tudo-com-pressa/49553

Espero, com isso, poder colaborar um pouco com todos, independentemente da idade.

Grato,

José Augusto Dantas

Bom humor - rosemari nieuwenhoff

rosemari nieuwenhoff (rosemari_n@yahoo.com.br)

cidade: jaragua do sul
estado: SC
idade: Selecione sua Faixa Etária
sexo: masculino
categoria: MENSAGENS
titulo: Bom humor
texto: Se você contemplar o belo, você seráuma pessoa bem-humorada. As pessoas terão prazer de ficar ao seu lado. Mas se não contemplar; viverá debaixo da ditadura do mau humor e do negativismo. Nem você mesmo se suportará.Cont emple o belo para ser bem-humorado.Uma pessoa otimista vive melhor e por mais tempo.Sorria,viva feliz sempre.....

Terceira Idade - angelina maria teixeira dias

angelina maria teixeira dias (angellmell30@hotmail.com)

cidade: botucatu
estado: SP
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
categoria: MENSAGENS


Terceira Idade
 No silêncio dessa noite chuvosa de início de primavera, ouço o silêncio do meu coração...
Coração melancólico mas conformado,como a maioria dos coração ao aproximar da terceira idade...
V ivemos de buscas à caminhos que nos levem à tão sonhada felicidade, construindo sonhos e ilusões na maioria castelos de areias que se desmancham ao passar dos anos...
Nos fortalecemos com os tropeções e adquirimos a sabedoria da vivência que tanto admirávamos em nossos avós, que quando ainda mais jovens, ignoramos que eles também construíram seus castelos de areia e passo à passo chegaram onde estamos agora.
Essa é a lei natural da Vida,como espíritos eternos que somos buscamos a felicidade no estado infantil de nossa alma e essa busca se concentra externamente em nosso meio familiar, sociedade, relacionamentos,profissões e dessa forma nos entregamos ás ilusões, as verdades de momentos vividos tão intensos, que na maioria das vezes acabam por ser dolorosos, mas de proveito para moldar nossa alma trazendo-nos um pouco da sabedoria e amadurecimento espiritual.
Chegamos à Terceira idade,e com a coragem de quem sabe que ainda não aprendeu tudo,olhamos para o alto elevan do nosso pensamento à Força Maior rogando por mais um tempo.

Recomeçar - angelina maria teixeira dias

angelina maria teixeira dias (angellmell30@hotmail.com)

cidade: botucatu
estado: SP
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
categoria: MENSAGENS

 Recomeçar

Hoje olhei-me no espelho e me vi além de minha imagem...O que vi? O esquecimento de mim mesma. Não me lembrava mais dessa pintinha no rosto que gostava de salientar com um lápis para deixar mais ch armosa.Olhei-me demoradamente, como há muito tempo não fazia, e senti o quanto havia me esquecido....
A vida nos da alertas e as vezes não atentamos à eles.Através da linguagem do corpo, em formas de sinais e sintomas, nos diz:-"Pare!!! Está na hora de atentar para si".
Acostumamos com as rotinas do dia à dia,dedicando nosso tempo ao trabalho e ao outro numa dedicação de anos sem pararmos para nos olharmos realmente esquecendo-nos por completo. Até que um dia a Natureza nos acorda.Nesse olhar para nós mesmos sentimos o quanto distanciamos de nós para viver o outro deixando de realizar sonhos, ideais para viver as realizações de outrem.
Olho firme e profundamente para minha imagem na certeza de que aqui e agora terei um novo e maduro recomeço.

PLANO DE SAÚDE GRATUITO - sônia pereira leite de barros

sônia pereira leite de barros (sbarros1949@yahoo.com.br)

cidade: PIRACICABA
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: MENSAGENS

titulo: PLANO DE SAÚDE GRATUITO


texto: Nosso planeta, em companhia de mais
sete ou oito, gira em torno do Sol,es-
trela de quinta grandeza, que é uma entre outras cem milhões que formam nossa galáxia, das duzentas milhões de
galáx ias que compõem nosso Universo.
Cada um de nós representa um indivíduo, entre outros sete bilhões de indivíduos que povoam a Terra, o que traduz nossa insignificância .
Somos chamados de seres humanos porque segundo a Bíblia fomos feitos
do "humus" da terra e recebemos um sopro divino.
Nascimento e morte são os princi- pais momentos de nossa trajetória por este planeta e em ambos estamos com-
pletamente solitários.
O espaço de tempo entre estes
dois acontecimentos chamamos de vida.
Dotados do instinto de sobre-
vivência nos agarramos a esta "vida"
como se tudo acabasse ,com a morte ,
dai o maior inimigo do homem ser o
medo da morte.
O ser humano possue apenas uma
certeza verdadeira: a MORTE, da qual
ninguém escapa e que à vezes,sorra -
teiramente vem ceifar-nos durante o percurso.
Do mistério da vida, ainda que
nos escape o próposito, permanece o fato que existimos e que fazemos qual-
quer sacrificio para mantermos nosso curso.
Na alegria não questionamos o sen-
tido da vida, mas quando afligidos
pelas tragédias e perdas, cresce nossa
necessidade de decifrar os propósitos
da vida.
Matéria e espírito andam lado a
lado, embora de formas antagônicas.
A matéria representa o "ter", já
o espírito representa o "ser".
É possível sermos ilusóriamente
grandes no "ter" e frustrantemente
pequenos no "ser". E vice-versa.
O que nos preocupa realmente é
sabermos que o "ter" se esvaziará,
completamente, com a morte.
Levamos desta apenas o que fomos,
as qualidades que desenvolvemos, o bem
que fizemos.
Da grandeza do "ter" a humanidade já colheu muitos frutos podres, im-
prestáveis e nocivos.
É na velhice que ocorrem as pri-
meiras sensações da prestação de con-
tas. Quanto mais próximo o momento da
"passagem", parece que vai se esvazi-
ando a bagagem.
É muit o cruel para aquele que vi-
veu a partir das crenças e valores
materialistas,consumistas e estéticos
verem se despojados.
Durante a vida, a vaidade, a inve-
ja, a ira, o ódio, o desejo de vingan-
ça nos produzem culpas e medos.Desper-
diçamos energia preciosa que nos geram
stress elevado e nocivas batalhas men-
tais, verbais e físicas.
Vivemos a maior parte do tempo
acorrentados pelos grilhões da amargura que nos dificulta a caminhada
e sangra a alma.
São poucos os momentos de sereni-
dade, paz e felicidade que permeiam
nosso sofrimento constante, causado
pelo "ego" que nos obriga cada vez mais a almejar e desejar o impossível
Nosso "ego" é nosso vilão, nosso maior inimigo . Se descuidarmos ele
nos domina e nos transforma em seu
fantoche de desejos, de insatisfação,
de depressão.
Toda esta parafernália e confusão
psíquica que nos assola é causadora de danos que se manifestam em f orma de doenças físicas e perturbações mentais
O manter-nos presos a sentimen-
tos que geram desejos de vingança
estamos colecionando espinhos e des-
prezando as rosas.
Existe um tratamento, bastante difícil, mas que é GRÁTIS e que depen-de apenas da opção de cada um.
O principal medicamento usado nesse tratamento chama-se PERDÃO.
É o bálsamo para todas as feri-
das da alma, causadoras das manifes- tações de doenças físicas.
Quem perdoa investe em si mesmo, não no perdoado.
Quando perdoamos fazemos uma
faxina no coração, na alma. Nos liber-
tamos do lixo das sombras, das culpas,
dos medos.
O perdão é um ato de muita gene-
rosidade e um investimento na qualida-
de de vida e saúde.
Quem perdoa não perde tempo ocupando sua mente com pensamentos
desagradáveis e prejudiciais.
Quem perdoa tem espaço para ocupar seus pensamentos com coisas
boas, com seus amigos queridos, com< br>seus amores.
Quem perdoa sai do prejuizo para o lucro.
Quem perdoa faz uma plástica na
alma que refletirá em seu semblante
a beleza interna, porá brilho em seus olhos, alegria em sua vida.
E quem se sente belo,feliz,em
paz,sereno não adoecerá.
O perdão, além de ser um PLANO
DE SAÚDE GRATUITO, também é uma pro-
va de amor à nos mesmos.
Por isso podemos afirmar:
_Quem se ama, perdoa!

NOVOS OLHARES, GRANDES ATITUDES - Iracema Beatriz de Alencar

Iracema Beatriz de Alencar (biadealencar@gmail.com)

cidade: Presidente Prudente
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
titulo: NOVOS OLHARES, GRANDES ATITUDES
texto: Vidrados olhinhos de uma menina, no esplendor de seus doze anos, não perdem um só movimento de senhoras idosas, exercitando danças coreográficas. A sua emoção culmina com palavras surpreendentes, expressadas pela vontade em atingir logo a terceira idade. Procuro uma explicação para tal fato, e vejo que a velhice está tendo novos olhares, através de grandes conquistas, e principalmente ganhando respeito na sociedade. O tempo da cadeira de balanço, do cabelo modelo pitote, da cestinha de tricô, do mau humor e reumatismo, foi substituído por novos comportamentos, diferentes de outras gerações, pois os idosos de hoje saem, trabalham, planejam continuar a vida depois da aposentadoria e principalmente passaram a se amar. Casimiro de Abreu, que em versos tristonhos, clamava a infância substituída pelas mágoas de agora: "Oh! dias de minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era, nessa risonha manhã!", se entre nós estivesse, poderia jogar fora essa mágoa da saudade jovial, e entrar para o novo estilo adotado pela velhice atual e estaria feliz.
Bia de Alencar

O DIA DO IDOSO -GAROPABA-S/CATARINA - luiz carlos pinto gil

luiz carlos pinto gil (luizcarlospintogilpai@hotmail.com.br)

cidade: garopaba/SC
estado: SC
idade: De 61 a 70 anos
sexo: masculino
categoria: OUTRAS
titulo: O DIA DO IDOSO -GAROPABA-S/CATARINA
texto: Amigos,repasso-lhes um pouco da nossa alegria em nossa cidade para o nosso dia.A Secretaria de Assistencia Social através de sua responsavel Sra.Micheline e todo o dept o.,comseus funcionários,assistentes sociais,CREAS(Centro de Referencia Especializado de assistencia Social),promoveram um encontro entre todos os grupos de idosos da cidade num determinado ponto de referência e ali,com uma ambulância,enfermeira,barraca com àgua mineral e etc,encontramo-nos.Foi aquela alegria geral e total,todos se revendo,rindo e brincando até que chegassem todos e fizessemos uma pequena caminhada do idoso.Indo dali daquele ponto até a Igreja central da cidade ,onde esperavam-nos muitas cadeiras confortáveis,som,e palco para apresentações.Ali naquele local foram homenageados os grupos de idosos um por um,suas presidentes e seus membros.Estava tambem presente a assistente pessoal Srta.Miriam,que normalmente vem de Laguna para nos orientar como lidar com os grupos de idosos da cidade.Hoje,por exemplo tivemos dois grupos de fora que nos visitavam eram de Laguna e ali naquele palco,fizeram suas apresentações,cantaram,dançaram,muitos foram homenageados.Tivemos ta mbem um excelente lanche,como muito bolo,refris e cafes onde os degustamos entre risos e alegrias.Olha,sem exagero,se contassemos,hje estariamos mais ou menos em um número de 500 idosos aproximadamente,aproveitamos verdadeiramente este dia e estes momentos com trocas de informações e um verdadeiro estreitamento de amizade entre os demais grupos.O que podemos citar é que temos a sorte de possuirmos uma secretária do setor da assistencia social muito dinâmica e que alem de ter um excelente relacionamento com seus funcionários fazendo com que tudo por ali funcione e nós os idosos,não tenhamos problemas sérios conosco.Assim sendo aqui vai com esta notícia o abraço dos idosos de Garopaba aos demais idosos do Brasil.Lembrem-se,passando por aqui nos procure através mesmo de meu email.atenciosamente ,Luiz Carlos Pinto Gil -vice/presidente do Grupo Esperança.

DE TODOS PARA TODOS. - Graça Aquino

Graça Aquino (gracaquino@hotmail.com)

cidade: Fortaleza
estado: CE
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
titulo: DE TODOS PARA TODOS.
texto: Graça Aquino.

Não há nada mais importante na vida do que relembrar quando descobri que sabia ler.



Ao ler Paulo Freire, em seu gigantesco livrinho A importância do ato de ler, tomei aos poucos conhecimento de sua infância e do seu contato com seu mundo particular e lembro-me que, por várias vezes, parei a leitura para relembrar minha própria infância e os meus primeiros contatos com a palavra escrita.

Essa volta ao passado foi um ato de amor a mim mesma porque não há nada mais importante na minha vida do que relembrar quando descobri que sabia ler. Não tinha completado os sete anos de idade nesse dia inesquecível e minha mãe me puxava pelo braço, como sempre fazia. Andávamos pela Rua Liberato Barroso, ainda não existia o calçadão, e íamos com pressa; almoçamos correndo porque a mamãe tinha uma reunião na sede da LBA, onde trabalhava.

Nesse dia, olhei para os cartazes das lojas e percebi que entendia aquelas letras juntas e comecei a lê-las. Fiquei doida, como se costuma dizer, não acreditava, eu queria ler tudo, minha cabeça dava voltas de quarenta e cinco graus e meu corpo de cento e oitenta. A mamãe não conseguia me segurar, eu só queria ler e ela, nesse momento, deve ter vivido seu primeiro dilema: a alegria porque eu tinha descoberto a leitura e o atraso que eu estava provocando em seu compromisso profissional. Ela estava orgulhosa porque contou rindo para todas as amigas o motivo do atraso. Na volta para casa, ganhei a cadeira da janela do ônibus só para ficar lendo tudo que surgia na minha frente. Não sei se nessa época eu era banguela, mas isso não teve nenhuma importância porque rimos muito. Foi um dos poucos estados de comunhão com minha mãe.

Essa alegria de saber ler é um direito de todos. Não dá para imaginar minha longa vida sem meus livros, sem minhas noites de leitura. Se me tirassem as leituras de Clarice Lispector e suas entrevistas em que revela a própria alma; os contos de Lygia Fagundes Telles e seu estranho chá com Simone de Beauvoir e ainda seu encontro com Hilda Hilts; as crônicas de Rubem Alves sempre falando de beleza com uma mansa tristeza; Lya Luft que me mostrou as Perdas & Ganhos da vida; Noberto Bobbio com seu Elogio da serenidade; Bertrand Russell em seu O elogio ao ócio; Michel Foucault com a sua Microfísica do poder; as poesias de Mário Quintana e sua solidão amiga; as poesias de Fernando Pessoa, seus heterônimos, a vida e obra desse homem que viveu na semiobscuridade; a leitura de Jean-Paul Sartre e a sua maneira crua de ver a vida que tanto influenciou minha adolescência; em contrapartida tive Isaac Asimov com seus sonhos de um futuro distante que me ensinaram a sonhar com outros mundos, outros povos; e os tantos filósofos que passaram por minhas mãos que não tenho espaço e nem memória para citá-los; sem eles eu não seria a pessoa que sou hoje.

Nesse embalo poderia citar os clássicos, mas esses eu os vejo com certo trauma; o trauma da obrigatoriedade da leitura. Ler o que determinam, com prazo certo, é quase sempre ler por obrigação, sem o prazer da leitura, raras são as exceções. Não tenho fórmulas, receitas para tornar a leitura agradável em sala de aula ou como trabalho para casa. Só sei da minha experiência que mesmo antes de aprender a ler já gostava das revistas em quadrinhos, como a do Cavaleiro Negro, O Fantasma, o Zorro com seu cavalo Sílver e seu amigo índio, o Tonto; como também não posso deixar de citar os livrinhos de bolso, da minha heroína da adolescência, a Baby, a espiã Brigitte Montfort, com seu apartamento na Quinta Avenida, voltado para o Central Park, em Manhattan; e sua mãe, a Giselle Montfort, a espiã nua que abalou Paris.

Agora, uma coisa eu posso confessar sem o receio de um rótulo ou fazer parte de algum catálogo de julgadores da intelectualidade dos outros: não abro mão de um romance de ficção científica, policial e de espionagem. Nada melhor para preencher o tempo do que um Sidney Sheldon, como por exemplo: Conte-me seus sonhos ou Se houver amanhã; uma Rosamunde Pilches, em Os catadores de co nchas ou O dia da tempestade; Chitra Divakaruni, em A senhora das especiarias; Frederick Forsyth, em A alternativa do diabo ou O dossiê Odessa; e tantos outros. Na minha idade, o que realmente importa é o que gosto de ler e o que me satisfaz.

Mas uma coisa eu posso afirmar com certeza: saber ler é um direito inalienável de todo ser humano. Não é possível crescer um homem ou uma mulher sem saber ler. A leitura abre as portas de diversos mundos. Pela leitura o homem se transforma e a sociedade ganha, o país se desenvolve. Acabar com o analfabetismo, trazer a leitura com qualidade para a sala de aula é um compromisso de todos, não só dos educadores.

Cada ser que aprendeu a ler tem uma dívida com o outro que não teve essa oportunidade e deve ser responsável em repassar o que recebeu, só assim, um dia essa dívida estará paga. Quem recebeu formação em colégio público, faculdade pública, tem essa dívida para com a sociedade, com o Estado. Poucas horas de leitura em uma sala
de aula, ou um relato de sua experiência com os livros, seriam formas de retribuir o que recebeu graciosamente. Tudo é uma questão de política educacional, de querer que aconteça uma mudança. A educação é um direito de todos nós e ler é um direito de todos para todos!

Oh!!! - LisTarga

LisTarga (listarga@hotmail.com)

cidade: Paranaguá
estado: PR
idade: De 61 a 70 anos
sexo: masculino
categoria: POESIAS
titulo: Oh!!!
texto: Oh!
O...vogal posterior- aberta? Ou fechada?
Posterior porque só se exclama "depois"
do ato, Oh!!!
E depende de quem a sente.

Está no amor
Na flor,
Na cor
Na dor da gente .
Aberta para o amor
Que vê o perfume da flor,
Que sente da aurora a cor,
Que faz gostosa a dor
Esperançosa de amor

Fechada ao se sentir dó
Quando no peito há um nó,
Na tristeza de estar só
Antes que se torne pó.
LisTarga

Caminhada... - LisTarga

LisTarga (listarga@hotmail.com)

cidade: Paranaguá
estado: 0
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
titulo: Caminhada...
texto: Caminhada (LisTarga)
Do encontro de duas almas, num momento de rara beleza e de turbilhão de emoções, no momento "Fiat" de Deus, um novo ser se fez e...eu surgi, neste maravilhoso mundo onde vivo. Sou única e irrepe tí-vel, mas insubstituível?
Fui criança, sabe menino. Brinquei tanto de tantas coisas gostosas que hoje nem se acredita que e-xistiram. Eu brincava com amiguinhos de carne e osso como eu, não com máquinas como você o faz hoje. Meus companheirinhos cantavam, brigavam, brincavam na rua, sem medo do próprio homem, apesar do homem. Nos labirintos da minha imaginação fui bailarina, cantora, dizia que cantava em inglês enrolando a língua, atriz protagonista sempre, a primeira.
Aprendi sobre as quatro estações do ano. Apreciei cada momento delas, passando de uma para ou-tra sem sentir, sem nada notar: apenas deixando o tempo fluir magicamente em minha vida. Os quatro elementos: fogo, terra, água e ar, festejavam comigo a existência e a passagem do tempo. E eu crescia, como o Filho de Maria, em tamanho, sabedoria, mas não com tanta graça. Mas também vi que as quatro estações também dividem a passagem do tempo em nossa vida.
No verão, eu era menina livre, descalça, roupas s imples, brincava na praia, na praça, na rua, na a-reia, no mato. Apenas brincava e lia. Sempre gostei de ler. Boa aluna, eu adorava ir para a escola. Acho que nunca faltei aula por preguiça, mas sempre por dor de cabeça que me incomoda desde os oito anos. Talvez para me dizer que ali está o comando de nossas vidas, a razão, que se une ao coração para dar vida e sentido à caminhada.
Cresci um pouco mais em tamanho e sabedoria, mas, ao mudar do verão para a primavera, ao re-dor de mim nem tudo eram só flores. Os espinhos da rosa começaram a se mostrar um tanto hostis. Eu já não era mais protagonista sempre, havia outros artistas tão ou mais importantes que eu. O sentido da per-da já estava presente nas notas, em casa, com os amigos que já não eram tão amigos, os namoradinhos. A vida começou a me ensinar a fazer escolhas. Escolhi meu namorado, noivo e depois marido, enxoval, pro-fissão, casa. Novamente o encontro de paixão, amor, doação, emoção, decepção, tudo em turbilhão e , Deus escolheu meus filhos, frutos do meu ventre e meus netos, anjos da minha vida.
No verão, pouco plantei sozinha, pois tinha meus pais, irmãos e professores que me ajudavam no caminho. Davam-me o peixe e me ensinavam a pescar. Na primavera, eu já sabia pegar no arado e as sementes já eram lançadas por mim nas ranhuras da terra. Plantei bem? Pesquei direito? Ao fazer minhas escolhas, comecei a perceber o desabrochar dos frutos. E, assim, notei que o outono chega muito mais cedo na vida do que como simples estação do ano. Quando fazemos algo, naquele exato momento em que se está ocupado na criação, sempre pensamos estar fazendo o melhor. A colheita vem depois. E é implacá-vel.
O tempo passou e com ele eu segui minha viagem numa caminhada incessante, deixando minha presença marcada na minha trajetória terrena. E aqui estou: sexagenária, viúva, bem amada?, aposentada, mãe, avó, amiga dos que me acolhem e em mim confiam, exigente comigo mesma e com o que quero para mi m. Perdôo como quero ser perdoada, prefiro consolar, mas necessito ser consolada, tocada pelos meus filhos, netinhos e amigos, amo muito e gosto de sentir que sou amada, apaixonada por Cristo e minha Mãe Maria. Agora compreendo mais e julgo menos, pois tento entender os motivos das faltas do meu semelhante. Cansei de "dar murro em ponta de faca" o que só me feriu bastante deixando cicatrizes para me fazerem lembrar que somente o tempo e a experiência podem apontar um bom caminho a alguém.
No outono da minha vida, sinto as quatro estações se misturarem como faziam no meu verão. A pa-lavra "envelhecer" existe apenas para me lembrar que hoje eu tenho mais passado que futuro, mas que no meio deles está o presente, dádiva de Deus, o hoje, o agora, que precisa ser apreciado, saboreado como uma fruta fresca recém colhida no outono da vida. Tento fazer o meu melhor, pois "Quando Jesus passar eu quero estar no meu lugar". Só assim saberei se a caminhada realmente valeu a pena.