domingo, 27 de junho de 2010

OBRA.. POÉTICA! - Sebastião Antônio Baracho

Sebastião Antônio Baracho (conanbaracho@uol.com.br)



cidade: Coronel Fabriciano
estado: MG
idade: De 71 a 80 anos
sexo: masculino



OBRA.. POÉTICA!

 A Obra, ora retirada do meu livro de Poesia, foge às regras da percepção seqüencial das Rimas, abrangendo ao núcleo literário do sentido da sua formação inspirada. Retrata, em forma de ação artística, Um Texto diversificado, sem a obrigatoriedade da consonância de seus versos.



Estando a Poesia em toda a parte do universo evolutivo, em constante movimentação, APRESENTO, a seguir, um Texto (Obra) Dela extraído:

01 - AMOR:

A FADA! O espelho das águas reflete o teu olhar, os musgos das margens, acalenta o teu pisar. O sereno da madrugada ameniza o teu desfilar, abrindo as cortinas, para te deixar entrar!

O cenário do riachinho recebe da manhã à luz! Enquanto tu, de mansinho: Ao riacho doma e seduz! Os seixos no fundo d'água Colidem com insistência, querendo fazer pirâmides pra verem a tua inocência.

As gavinhas dos cipós desenrolam-se pelo chão, querendo ornar o teu pé com adornos de afeição. a água flui mansamente, tilintando na margem, retardando o prosseguir, domada por tua imagem! Saltitando na ramagem, pássaros fazem gorjeios, disputando bons lugares, sem terem de ti receios. nas arestas do alcantil, o sol aparece radiante, trazendo maiores luzes, àquela cena inebriante!

O restinho da madrugada sai do cenário pesaroso, recua pra noite findante, deixando-te... Lamentosa! Curvada sobre as águas, fazes vênia à natureza e, essa... Embevecida! Vai refletir a tua BELEZA!



O BEIJO! Como é ameno o desejo, no trespasso do enleio, da doçura de um beijo na curvatura do seio. O beijo não tem cor, nem sabor definido, varia conforme o amor ditado pelo sentido. A duração dum beijo, não tem marcação, depende do ensejo e, amor no coração. Beijar e abraçar são atos de amor, beijar é néctar, abraço é... Calor!

Um beijo com castidade na fronte de um filho é pureza / serenidade, amor / paz e estribilho! O ósculo paterno é doce redenção, seu par é materno, seu Éden: o coração!

Um beijo conjugal é um lacre de amor, eliminando todo o mal, num coração sofredor.



A M O R! Sinto o perfume da flor, no sorriso do inocente, espelhando pureza e amor, no fundo da alma da gente. Um afago de criança, em alegria sem freio, é o mel da bonança, no côncavo do seio. Gorjeio de beija-flor na fofura da grama, complacência do amor na alma de quem ama. Peregrino é o amor no âmago do vivente, quando puro é ardor, sendo falso, é ausente!

Uma estrela a brilhar piscando na imensidão, é como o lacrimejar da saudade no coração. O verdadeiro amor só é visto no infante que, não cobra favor, do adulto farsante. Amar é multiplicar parcelas de afeição, diminuindo o penar na soma da ilusão!


02) - LAMÚRIA:


O LEGADO! Perdão... Queridos filhos! Por colocá-los, num mundo, fecundado de empecilhos e, de egoísmo profundo! Perdão... Filhos queridos! Pela herança distribuída de valores esquecidos pelos caminhos da vida. Escusas, peço... Meus filhos! Por querê-los com paixão e, só dá-los sabugos de milho, nos banquetes da ilusão.

A natureza é aprazível pureza. O bem, a nata da felicidade... Vem o homem, com sua rudeza: Transformando tudo em crueldade.

Meus filhos adorados! O erro dos ancestrais deu-lhes como legados um montão de cristais! Diamante, prata e o ouro, foram por eles destruídos, toda a beleza e tesouro esfacelaram-se... Diluindo!

OBAJULADOR!Honra!Quem és tu... miserável!Vegetas somente no impalpável, premias apenas ao interesseiro. Aos honrados sonegas valores, fazendo dotes aos aduladores: Sempre, sempre... Alvissareiros!

A honra virou mera dobradiça nos portais da raça mestiça, sustentáculo de hipocrisia!Faz vênia ao favorecimento, desconhece o merecimento e, da injúria... Faz freguesia!

MAS... O Azimute da decadência senil, no horizonte do físico viril faz a verdade coar... Fluente! Na balança fiel do julgamento, ao bajulador caberá o tormento de ser capacho... Eternamente!


NÃO MATARÁS... CRIANÇAS! Não macule o teu ventre, santuário de doce harmonia! Deixe que em teu âmago entre a pura alma... Da cor do dia! Não lacres à vida a porta de um ente que não conheces o futuro só a Deus importa, Tu, só ganhas o que padeces! Não sepultes na latrina o fruto da tua concepção, seja antes uma maestrina em regência de devoção!

Não abortes a vida futura sob tua tutela ingente, deixe viver a criatura... Pedaço de ti inerente! O mundo está poluído com tanta maldade insana: A cada feto destruído a escolha é menos soberana! Não és tu quem vai gerir a vida em teu ventre a nascer, a ti, cabe apenas... Parir! A Deus: fazê-los... Crescer!

Se não podias dispor da vida quando no seio da tua genitora,

Por que, agora... Irrefletida! Quer da morte ser tutora! A maldade no mundo atual não vem de crianças vadias e, sim, do adulto irracional: Mestre de vícios e orgias!

O número de filhos num lar onera a subsistência falida, mas, fazer do útero um lagar, é a morte de tua alma e vida!


LAGRIMAS! Mamãe, não chore por mim! Não lamente nem fique triste, a morte da vida não é o fim, pra mim, ela, eterna... Existe! Sou mais feliz do que vocês em minha atual existência, por aí, só vivi por uma vez, aqui... Existo em consistência!

A cada lágrima derramada, dos seus olhos maternais, minha alma... Enciumada! Fica penando pelos portais. Portais agora nos separando da matéria que você conduz, quando dela for se livrando, viveremos juntos... Na luz!

Para mim, foi feito o possível, o impossível só Deus poderia, perdi você, minha mãe incrível! Mas... Ganhei por mãe: Maria!

03) - RELIGIOSO:



SALMO DO... ESSE! Sensação sensata senil, sanando sem sancionar, sentinelas simuladas seviciando salários. Sardenha sanha sarcástica, salgando saliente saliva. Salteadores sacando sócios: Solapando sinceridade!

Sistemas só sensíveis se salvaguardar saldos. Sapiência sedentária se, só saindo saturada. Sabujo sentido servil, seguimento sem sensatez. Satã servindo sacrílego, satélite sem servidão! Sósia semblante selvagem, soberba silhueta similar, sorvendo suplicante seiva... Segregando sem seleção!

Sabatina sem sabedoria sabotando sacro saber, secreção seminarista sem salmo salvítico. Sequiosa sentença sensual, sem séqüito sindicante, seduz severa sedição: Servindo sazonada sociedade!

Salutar sedativo secular, sabido sabor salvador, só se sente serenamente seguindo, sempre... Salmos!



A CRUZ! Oh! Lenho de cerne rijo, madeiro da mais pura! Ainda ontem... Pequenino, medravas entre os torrões! Crescestes mui a prumo, enfrentando as intempéries, só vergando-te aos vendavais por não possuíres gavinhas. Sugavas o alimento da terra, com voraz sofreguidão, fronte altiva olhando o sol, fortes raízes no chão. O teu porte inebriava os viandantes sedentos, acolhendo-os à tua sombra sem cobrar emolumentos.

Sobrevivestes às queimadas com pouquíssimas lesões, vencestes muitas geadas de inúmeras estações. Mas... Não vencestes o machado, manejado com maestria!Caístes a frio compridos.

Numa tarde nebulosa e fria! Serraram tuas extremidades transformando-te em tora, longarinas das necessidades, lucro do homem que te explora. Oh madeiro de mui qualidade!

Agora, transformado em cruz. para vergonha da humanidade: Foste o holocausto de... Jesus!



ACORDA ISRAEL! Lamentai Israel! Chore o teu sangue Gota a gota... Pingente! Em árida face. Murchai a tua vida, secai as entranhas, lento... Lentamente! Em teu âmago bélico! Lamentai Israel! Vendai os teus olhos, míopes: vazados... Em órbitas lacradas!

Murchai o teu orgulho emudecendo-te a voz, gaga e rouca... No silêncio da tumba! Lamentai Israel! O abandono de Deus passo a passo... Caindo no vácuo! Chorai... Órfã! Às migalhas, farelo a farelo... Do festim do Céu. Lamentai Israel! A chacina vil, petardos, metralhas... Sobre meninos!

Chorai desgraçados o parir das bombas, impactos, hecatombes... Contra os idosos! Lamentai Israel! O fio da espada, gélido, penetrante... No ventre de mulheres! Chorai infelizes! Bíblico povo de Deus, trêmulos, hesitantes, agora... Ímpios ateus!

Lamentos e lágrimas purificando a alma: Devagar... Seguidamente! Pára o puro lapidar! Recolhei às tuas armas, abriga-te no templo, orando, rezando, redimindo... Dando bom exemplo! Saneai os teus irmãos! expurgando os maus, um a um... Todos!Purificando os justos!

Assim, oh Israel! Nação de Deus bendita!Voltarás... Para sempre! Ao seio de Emanuel. Às tuas fronteiras alastrar-se-ão à frente... Circundante! absorvendo a todos! Troque armas e munições por alimentos e flores, abraços, apertos de mãos, e a palavra do Redentor! De um povo confinado transfigurarás em bonança: Parábolas/ salmos/ louvores! Frutos da... ETERNA ALIANÇA!


RESUMINDO: Não se deve fechar às portas aos Poemas! A abrangência Deles não o permitiria em razão do seu "status" de majestade soberana!

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