domingo, 27 de junho de 2010

O imediatismo de nossas ações - Daniela Martins Lima

Daniela Martins Lima (danimartlima@yahoo.com.br)



cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino


O imediatismo de nossas ações




Se por um instante retornarmos à era primitiva, poderíamos por exemplo, imaginar todo o processo artesanal do homem ao lapidar as arestas de uma madeira e dela fazer surgir a roda. Esta, em seu sentido original para nós atualmente, pode parecer sem muito significado diante de tantas criações no mundo moderno, tanto dinamismo, rapidez, eficiência, formas e movimentos incontáveis.



A roda foi e ainda é útil no movimento da vida. No entanto, alguns indivíduos tem se tornado verdadeiros sedentários da paciência diante da mecânica das transformações cotidianas.



Roda e paciência poderiam ser sinônimos. Ambos jamais realizam o seu ciclo pulando etapas. Os movimentos são constantes, contínuos e qualquer secção rompe sua trajetória. Mas não é o que acontece com o ser humano. Sair do vício do imediatismo parece ser um esforço sobrenatural. Vemos isso no imediatismo desejado diante do telefone que leva apenas alguns segundos para completar a ligação, diante da famosa tecla Enter, que deveria solucionar todos os nossos problemas e de preferência num passe de mágicas. Ainda diante de um elevador, é possível vermos o indivíduo acionando infinitas vezes o botão para a porta se abrir, filas de ônibus e bancos, para alguns jamais deveriam existir, de preferência sem idosos, gestantes e deficientes.



A mecânica das nossas ações também pode ser regulada com exercícios rotineiros que nos privem desse imediatismo, ansiedade. Uma boa alternativa à nossa rotina dinâmica seria tentar resgatar o conhecimento de nossos limites. Respirar profundamente mais vezes oxigenando o nosso cérebro, buscar descanso em locais mais silenciosos, ter mais contato com a natureza, de vez em quando trocar o elevador pela escada, andar a´pé ou bicicleta, buscar a Deus, aumentar nossas conversas e diálogos pessoais, observar o outro são atitudes muito comumente esquecidas e que exigem certa paciência, como na construção artesanal da roda.



Afinal de contas, reflitamos que o homem como ser superior às suas invenções e facilidades modernas não deve se equiparar à elas, visto que apresentam falhas e são inanimadas, dependendo de recursos energéticos, entre outros, para sua existência. Já o homem é um ser único, consciente, o autor da roda, logo,completamente capaz de exercitar a paciência e encontrar um equilíbrio, o domínio de si mesmo, questão de bom senso.E você, como está conduzindo a roda da sua vida?


Daniela Martins Lima. Educadora Física com formação em Gerontologia. Patrocínio/MG.

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